Muitos estudos têm abordado a influência do estresse materno no desenvolvimento fetal e o risco aumentado para o surgimento de doenças na infância e na fase adulta. Esse processo, conhecido como programação fetal, ainda não está bem determinado e esclarecido. No entanto, já está estabelecido que o estresse materno causa alterações hormonais significativas, principalmente no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, maior chance de parto prematuro, de bebês com baixo peso ao nascer, maior risco de desenvolvimento de transtornos psiquiátricos e de alterações nutricionais.

Muitos estudos têm se dedicado a entender esse complexo fenômeno da programação fetal e as consequências na vida adulta e para outras gerações. No entanto, pouco ainda se conhece. A certeza de que as inúmeras adaptações que o nosso organismo é capaz de fazer é um claro sinal de evolução, contudo também nos mostra que não estamos livres das consequências, muitas vezes, prejudiciais para a nossa espécie.